Apresentação

  A ocupação de áreas naturais para a agropecuária, urbanização e mineração em uma escala global, tem ocasionado alterações em diversos ecossistemas, culminando na descaracterização de comunidades nativas e ocasionando a extinção de espécies. Uma fração igual ou superior a 60% de toda a área passível de exploração agrícola já está ocupada e, nesta velocidade, a expansão de fronteiras agrícolas, somado à exploração dos mais diversos recursos naturais, pode causar a extinção de 20-50% de toda biodiversidade existente nos próximos 100 anos. Embora o Brasil seja um país megadiverso, as espécies encontram-se confinadas à hábitats alterados, visto que ecossistemas relictuais são cada vez mais escassos, tornando eminente a necessidade de direcionar esforços para conter os severos impactos em agroecossistemas, áreas urbanas, ambientes costeiros e florestais, sobretudo na tentativa de preservar os serviços ambientais prestados pela fauna e flora.

  Nesta mesma tendência, a região de abrangência do campus de União da Vitória tem suas paisagens dominadas por diversas monoculturas, práticas que causam profundas modificações no ambiente. Além disso, a agricultura e a proximidade da área urbana ao Rio Iguaçu, traz a potencialidade de ameaças para o ecossistema aquático. Assim, é notório que a maior parte dos ecossistemas regionais encontram-se alterados ou sob algum grau de alteração. Neste contexto o curso de espacialização em Conservação da Biodiversidade em Ecossistemas Alterados é uma importante estratégia que estimulará pesquisas conservacionistas, emergenciais para o entendimento dos processos ambientais, capacitando recursos humanos para atuarem ativamente na área de abrangência desta proposta.

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