A estudante Nicole Iliuk, do curso de Ciências Biológicas do Campus de União da Vitória da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), está realizando intercâmbio acadêmico no Canadá desde junho. O estágio de pesquisa acontece na University of Regina, localizada na cidade de Regina, província de Saskatchewan, e se estende até setembro.

Nicole teve acesso à oportunidade por meio da divulgação feita pelo Escritório de Relações Internacionais (ERI) no campus, que apresentou o programa internacional de mobilidade Mitacs Globalink Research Internship. O processo de inscrição, gratuito, ocorreu inicialmente com análise de currículo e carta de recomendação do orientador. Pelo edital da Fundação Araucária, a estudante conta com acompanhamento do professor Dr. Rafael Bueno Noleto, do Colegiado de Ciências Biológicas.

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O projeto de pesquisa desenvolvido por Nicole tem o título Quantifying phylogenetic uniqueness in the tree of life, sob a coordenação do professor Dr. Bruno Eleres Soares, da University of Regina. O estudo busca identificar vulnerabilidades filogenéticas entre espécies de peixes ósseos e compreender como esses fatores podem influenciar estratégias de conservação, avaliando os riscos que a extinção de determinadas espécies representa para a história da árvore da vida.

As atividades da estudante incluem a montagem de uma lista taxonômica de espécies e, a partir dela, a elaboração de uma filogenia integrada a métricas de vulnerabilidade.

“A experiência tem sido extremamente enriquecedora, desde o aprimoramento de habilidades científicas e metodológicas até a vivência em um campus internacional e a troca cultural com estudantes de diversos países”, destacou Nicole.

Na opinião do professor Rafael Noleto, do Colegiado de Ciências Biológicas, que também é o chefe da Divisão de Pesquisa e Pós-Graduação do Campus de União da Vitória, a internacionalização é importante para a formação acadêmica ao enriquecer a experiência do estudante, expandindo o conhecimento e promovendo o desenvolvimento de outras habilidades, como exemplo fluência em outro idioma (fundamental no mercado de trabalho atual).

"Além disso, a interação com pesquisadores e instituições de outros países fortalece a rede de colaboração científica e abre portas para estágios, projetos e financiamentos. A experiência internacional agrega valor ao currículo e contribui para a formação de profissionais mais completos, com maior criatividade e capacidade de atuação num mundo globalizado", destacou o docente.

Para a diretora do ERI, professora Marila Vellozo, a experiência vivenciada por Nicole demonstra a importância das pesquisas desenvolvidas também no âmbito de graduação da Unespar, que são visibilizadas e incrementadas quando expostas e complexificadas em ambiente de universidade internacional. "Ganha a estudante, a pesquisa, a Unespar e a possível solução de problemas globais neste tipo de interação que só um intercâmbio neste nível promove", afirmou Marila.