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26 de setembro, a Unespar celebra o Dia Nacional da Pessoa Surda
Juntamente a toda a comunidade surda da Unespar, cuja presença está entre estudantes e docentes em todos os nossos campi, rememoramos neste dia as conquistas por direitos sociais e, ainda, os desafios das pessoas surdas no Brasil na luta pela manutenção e ampliação de direitos, em especial pelo efetivo cumprimento da Lei 10.436/2022 que reconhece a Língua Brasileira de Sinais.
Por meio da atuação do Núcleo de Educação Especial Inclusiva (Nespi), ligado ao Centro de Educação em Direitos Humanos (CEDH) e à Pró-reitoria de Políticas Estudantis e Direitos Humanos (Propedh), a Universidade Estadual do Paraná garante acessibilidade comunicacional de pessoas surdas de toda comunidade acadêmica. Também a Unespar assegura políticas de permanência através de ações de mediação pedagógica em Atendimento Educacional Especializado (AEE), visando possibilitar o acesso ao currículo por meio do planejamento, desenvolvimento e avaliação de recursos de acessibilidade que eliminem barreiras para a participação e aprendizagem efetiva e promovam a autonomia de estudantes surdos(as) e a toda a comunidade discente compreendida como público da educação especial inclusiva.
Além disso, a Unespar implementou políticas afirmativas de acesso a estudantes surdos(as) ou com deficiência tanto na graduação quanto nos programas de pós-graduação, bem como ampliou a políticas de cotas a esse público nos Processos Seletivos Simplificados e Concursos Públicos para docentes e agentes.
Nossa estudante de Artes Cênicas Gabriela Grigolom, a Negabi, através do manifesto “Se inclua para incluir”, que faz parte da série de vídeos “Pílulas de Inclusão”, assim nos diz: “Eu sou surda e a minha luta, meu sonho nas artes é ser artista, é poder estar no meio artístico, na dança, na música. Isso está dentro de mim. Na língua de sinais eu me manifesto e vejo tanta exclusão [...]. Eu quero que se manifeste esse grito nas artes, para que nós, surdos, consigamos conscientizar as pessoas [...]. Venha você também, venha junto comigo, se inclua. Você ouvinte quer aprender língua de sinais? Isso é inclusão”.
Conheça o histórico da data
Oficializado em 2008, por meio do Decreto de Lei 11.796, o 26 de setembro foi escolhido por ser a data da fundação da primeira escola de surdos no país, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), em 1857, na cidade do Rio de Janeiro, colocando em pauta as políticas de ensino e de inclusão social que contemplem, sobretudo, a singularidade linguística da comunidade surda.
O dia nacional da Pessoa Surda integra o Setembro Azul por ser um mês de marcos históricos para a comunidade surda, entre eles, o Dia Internacional da Língua de Sinais, celebrado no dia 23, o Dia Internacional da Pessoa Surda e o Dia Internacional de Tradutor(a) Intérprete de Língua de Sinais, ambos no dia 30. O setembro azul faz alusão à cor azul das fitas que nazistas amarravam nos braços de pessoas judias surdas como forma de identificá-las nos campos de concentração. A apropriação dessa simbologia (a fita azul) tanto lembra um passado de violência e opressão às pessoas surdas, quanto sobretudo, ressignifica tal símbolo como a força dessa comunidade que hoje luta por seu espaço, por acessibilidade e por uma sociedade mais justa e inclusiva.